8.5.06
Em 2047...
O Futebol e o mundo como um todo estão muito mudados. O Flamengo depois de 23 Campeonatos Brasileiros consecutivos fugindo do rebaixamento nas últimas rodadas, finalmente caiu, o Juventus da Móoca depois da parceria com o Pão de Açúcar virou a segunda maior potência do futebol Paulista, depois que o Palmeiras foi a falência e o São Paulo abandonou o esporte após ser acusado de monopólio numa ação conjunta das outras equipes.Depois da grande epidemia, os ciborgues se infriltaram em todos os ramos da sociedade, inclusive estádios de futebol. Uma força muito temida eram os GaviõesDK87. Não que fossem o que havia de mais avançado naquela época (vinha com apenas três funções: "cantar", "empurrar alambrado" e "porópopó"). É que eles haviam desenvolvido uma obsessão doentia pela Taça Libertadores da América, que inclusive já tinha se tornado obsoleta naquela época, uma vez que graças aos deuses, a Argentina havia se desprendido do continente, e o pouco que restou da América do Sul equivalia a Equador, Bolívia e Guiana Francesa, além do próprio Brasil, o que tornou a Libertadores um campeonto sem graça.Gabi e Lelê (Júlio morreu em 2038 devido a um AVC que ele sofreu depois de ser eliminado do mesmíssimo jeito que fora em anos anteriores para o River Plate), seus reumatismos e bisnetos estão no Marginalzão (nome bem propício do estádio construído devido a um mutirão com mais de 50 mil manos cansados de promessas da diretoria) para a primeira final dos mosqueteiros no torneio continental. 20 minutos do primeiro tempo e o Corinthians já tem 2 jogadores a menos, expulsos.40 minutos e o placar já marca 1x0 para o Liga Cocalera, reunião de índios pataxós bolivianos que foi o mais perto que chegaram de uma equipe de futebol naquele torneio.O primeiro tempo acaba e os jornais já prensam na primeira página: SANGUE!Mas vem o segundo tempo e com o sofrimento que acompanha todas as glórias da equipe, os corinthianos vencem com o gol mais chorado da história do futebol e sagram campeões da América. Após o apito final um infarto coletivo acomete todos os torcedores remanescentes que infelizmente não poderão saborear o dia seguinte da maior conquista da história do time desde 1910. Que pena.
Escalação
Eric joga imbuído seguindo as ordens do professor e espera sair com os 3 pontos. Torce pro único tricampeão das Américas e tem a mesma aversão ao Corinthians que o Cascão tem a água.
O Imperador Júlio César é corinthiano apostólico romano. Confessa que já teve uma camisa do Ezequiel e foto autografada pelo Viola. Craque mesmo, ele nunca viu de perto. Tem três pontes de safena e cinco marcapassos. Já desmentiu em 37 CPI's a suposta compra do Brasileirão de 2005 por Kia Joora alguma coisa. Argumento: "o cara tem nome de carro coreano, mano deputado!"
Marinita joga futebol e não é sapatão. Sabe correr, contrariando a teoria de Pedro. Mora em Belo Horizonte e torce fervorosamente pro Clube Atlético Mineiro. Não desiste nunca e, pelo visto, tem coração bem forte.
Pedro Bó é são paulino, apesar de mineiro, e deve ter escolhido essa vida única e exclusivamente pra atormentar a vida do Zé. Tem fé em Deus e em Diego Lugano de que será tricampeão mundial em dezembro.
Tiago vem dos pampas e é colorado desde guri. Não agüenta mais ser garfado pela arbitragem e se considera o campeão moral do Campeonato Brasileiro de 2005.
Zé Dend'água é um sujeito pequeno, besta e mineiro, não necessariamente nessa ordem. Cruzeirense desde pequeno, tem nas horas vagas o prazer de comemorar títulos e zoar são paulinos e atleticanos, novamente não necessariamente nessa ordem.
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